MotoGP, 2024 - Antevisão, TT Motul Assen

Das pistas mais antigas em actividade, o circuito no Norte da Holanda recebe os GP desde 1949, ano em que o Campeonato teve início e, com a sua mistura de curvas de todos os tipos e anfiteatros naturais, é um favorito de espetadores e pilotos.

Não raro, bate recordes de multidões e essa moldura humana também é muito especial para os concorrentes.

Este ano, o campeonato chega com uma piloto independente de uma equipa privada no comando, com todo o mérito para o madrileno, pois, apesar da sua vantagem ser agora de apenas 18 pontos, fruto de uma boa recuperação de Bagnaia (acima) em Itália há 2 semanas, Martin tem um rol de 5 pódios de 7 corridas e é o dominador absoluto das corridas de Sprint, de que já venceu três, para juntar às suas duas vitórias nas corridas de fundo, em Portugal e França.

A seguir nos pontos, e o grande rival de Martin, o incumbente Francesco Bagnaia não tem tido a vida fácil: em vitórias absolutas, tem 4, mais do que qualquer outro piloto (de facto, ele e Martin são os únicos a ter vencido mais de uma vez este ano) mas a pontuação nos Sprint não o tem favorecido.

Os três pilotos a seguir na classificação, Márquez, (acima) Bastianini e Acosta, sem terem vencido ainda, têm somado pontos impressionantes pela sua consistência, que os mantém à frente do 6º classificado Viñales, que já venceu só uma vez no Texas, mas tem 2 vitórias em seu nome nos Sprint.

Binder, a seguir, saiu a correr mas desde então perdeu-se um bocado e, embora seja o primeiro que pontuou em todas as corridas até agora, alguns zeros nos Sprint atrasaram-no na classificação.

Espargaró, DiGiannantonio, e o outro Márquez completam o Top 10, já com diferenças pontuais importantes para os homens da frente.

Mais ainda para Bezzecchi e Fernández, em 11º e 12º, mas à frente de Quartararo, Morbidelli e Oliveira, todos passíveis de ser descritos como irregulares ao longo desta época.

Atrás deles, Miller, já afundado em 16º, tem 3 rondas em que não pontuou de todo, e outras duas em que pontuou apenas marginalmente.

Os restantes até ao 24 Bradl surpreendem mais quando pontuam que quando não, com Mir no recorde de quedas e Marini com a duvidosa distinção de não ter marcado um único ponto ainda este ano. Todos esperam inverter as fortunas na Holanda, onde pilotagem determinada pode fazer a diferença.