10ª edição do Portugal de Lés-a-Lés Off-road com muitos destaques e uma Ministra à chegada

Foram dias verdadeiramente únicos com muitos momentos de destaque, nomeadamente a forte ênfase na componente ambiental com a campanha reflorestar Portugal de Lés-Lés, com árvores autóctones que se revelou um grande sucesso, tal como nas edições anteriores.

Como previsto, as verificações técnicas serviram de aperitivo para os dias seguintes, bem como também para o reencontro de muitos amigos e colegas de aventura de edições passadas e mesmo para estes há sempre muito por descobrir e partilhar. Afinal de contas, o Interior de Portugal tem ainda tanto para descobrir e nem mesmo os incêndios conseguem destruir isso!

Dia 1: de Chaves a Penamacor

Este primeiro dia, depois das exigentes verificações técnicas na véspera, foi marcado por uma grande variedade de percurso e beleza de paisagens de cortar a respiração.

A organização tinha prometido um percurso exigente, mas bonito, com pouco asfalto e muita diversão ao longo de 334 quilómetros entre Chaves e Penamacor. No final da primeira etapa do 10.º Portugal de Lés-a-Lés Off-Road, os sorrisos após um dia desafiante e bem passado ultrapassavam, largamente, as marcas da fadiga de uma tirada bastante variada e fisicamente desgastante.

Diversidade de percursos e de pisos que estava bem patente, e de forma curiosa, nos tons do pó acumulado no rosto dos 250 aventureiros que se lançaram à estrada – ou melhor, para fora-de-estrada – ao raiar do dia, deliciaram-se com caminhos de enorme carga cénica, entre castanheiros e muros centenários, cujo pó fora, felizmente, acalmado pela humidade noturna.

Como previsto, a Campanha Reflorestar Portugal de Lés-a-Lés, iniciada em 2017 pela FMP teve um forte destaque e em Penamacor quase centena e meia de crianças do ensino básico ouviram atentamente as explicações sobre as vantagens de optar pelas árvores locais no processo de reflorestação, antes de plantarem três medronheiros e dois sobreiros no pátio da escola.

Dia 2: de Penamacor a Reguengos de Monsaraz

A primeira etapa foi particularmente dura, longa e exigente, tal como a organização já tinha feito saber antecipadamente, como que a preparar os mais de 250 aventureiros e aventureiras que compareceram à chamada.

De tal forma que os “anjos da guardar em duas rodas” acabaram por ter mais trabalho que o desejável e nesta tarefa tiveram a prestimosa ajuda de 5 Yamaha Ténéré 700 Rally, que eram os veículos emergência e cumpriram todo o exigente trajeto, mostrando que são motos perfeitamente talhadas para este tipo de aventuras, seja a participar ou como veículo de socorro.

Nesta etapa muitos foram os que abrandaram o ritmo, aproveitaram para poupar o físico até porque a segunda etapa também acabou por ser exigente, ainda que mais rolante do que na véspera. Foram 337 quilómetros de percurso, maioritariamente em pisos rolantes, mas com bastante pó e algumas zonas técnicas, entrecortados por umas quantas ligações em asfalto e os sempre muito desejados Oásis.

Naturalmente que a campanha Reflorestar Portugal de Lés-a-Lés voltou a estar em destaque. Depois de Chaves e Penamacor, foi a vez da Escola Básica de Perolivas e da Escola EB1 de Campinho, Reguengos de Monsaraz, onde alunos do 1.º Ciclo ouviram todas as explicações sobre a iniciativa de sensibilização e participaram ativamente na plantação de um freixo no pátio das escolas.

Dia 3: de Reguengos de Monsaraz a Lagoa

O último dia é sempre especial e nesta 10.ª edição não foi diferente, com ainda 313 quilómetros para percorrer entre as típicas paisagens alentejanas e as exigências da serra algarvia que marca, em definitivo, o final da aventura, desta vez em Lagoa, no espaço onde decorre a Fatacil, com uma convidada muito especial à espera da caravana.

Conhecedora do êxito da campanha de sensibilização Reflorestar Portugal de Lés-a-Lés, a ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho marcou presença no final do 10º Portugal de Lés-a-Lés Off-Road, em Lagoa e fez questão de destacar a importância e o papel do evento:

A iniciativa da Federação de Motociclismo de Portugal vai muito além da compensação do Co2 emitidos por estes veículos, mostrando um amor pela natureza e um grande empenho em protegê-la. Sobretudo num ano tão difícil como este, em que muita da nossa floresta ardeu, tal como parte dos nossos parques e áreas protegidas, do mais bonito que temos na natureza em Portugal.

A presença da ministra reforçou o entusiasmo dos participantes na defesa da floresta e foi seguida de uma ação de sensibilização junto dos Agrupamentos de Escuteiros do Parchal e Estombar que, além de uma palestra sobre as vantagens das árvores autóctones, contemplou a plantação de seis sobreiros.

Tudo somado, foi mais uma edição especial e na chegada a Lagoa todos os participantes ficaram ainda mais felizes ao ver os sorrisos das meninas que dão uma animação especial ao pórtico de chegada. Lynn de Sousa, Vera Carvalhais, Luísa Castro e Rute Galego a acenar são um sinal de haver terminado mais um Portugal de Lés-a-Lés Off-Road.