47º Rali Dakar 2025, Etapa 8: Al Duwadimi - Riyadh
A etapa de hoje tinha a particularidade de ter dois trajetos diferentes. Um para os automóveis e outro para as motos, mas o principal motivo de realce, além da dureza da etapa, como tem sido apanágio de todo o Dakar, foi a excelente performance de vários portugueses.
andardemoto.pt @ 13-1-2025 19:40:58
Nas motos destaca-se Rui Gonçalves, em Sherco, que terminou em 11.º lugar, mas há mais nomes a realçar, caso de Fiúza que, nos camiões, terminou a etapa em 3.º ou de Gonçalo Guerreiro que foi 4.º classificado em Challenger T3. Estes resultados reforçam o valor e competitividade dos nossos pilotos.
Nas motos o homem do dia acabou por ser o argentino Luciano Benavides (77) que deu mais uma vitória numa etapa para a Red Bull Ktm Factory Racing, tendo conseguido uma vantagem de cerca de dois minutos para o segundo mais rápido, o francês Adrien Van Beveren (42) da Monster Energy Honda HRC.
Aliás, nesta etapa do segundo ao quinto lugar todas as motos são Honda, equipa na qual o português Ruben Faria tem um papel determinante uma vez que é o principal estratega da equipa e tudo fará para que a vitória final sorria à Monster Energy Honda HRC.
O australiano Daniel Sanders (4), a quem coube hoje abrir a pista, fruto da vitória de ontem, decidiu não arriscar demasiado e ficou a controlar os seus principais adversários, mas não se distanciou demasiado, tendo terminado em 7.º. Continua líder com um tempo total 44 horas, 26 minutos e 52 segundos.
O espanhol Tosha Schareina (68), a correr pela Monster Energy Honda HRC, continua em 2.º lugar e terminou hoje em 3.º. Deste modo conseguiu reduzir um pouco mais a distância para Sanders. Tem agora mais 11 minutos e 33 segundos, o que acaba por ser uma diferença não muito significativa, quando ainda faltam mais 4 etapas e tudo pode acontecer.
Em terceiro lugar mantém-se Adrien Van Beveren (42), também da Monster Energy Honda HRC que com o 2.º lugar de hoje ficou um pouco mais próximo da liderança de Sanders. Está agora a 21 minutos e 31 segundos. Se quiser subir na classificação tem de continuar a ser muito rápido, como hoje, para se ir aproximando do ambicionado primeiro lugar, ele que foi 3.º no ano passado.
Rui Gonçalves às portas do top 10
Depois de uma etapa de ontem de má memória para as equipas portuguesas que, em particular nas motos, Rui Gonçalves continua a mostrar uma excelente forma e a subir na tabela classificativa.
O piloto da Sherco (19), no ano em que vai completar 40 anos, está a mostrar todo o seu talento e determinação e os bons resultados estão a vir ao de cima, como aconteceu hoje, sendo que ter terminado esta exigente etapa no 11.º lugar mostra que o top 10 está cada vez mais perto. Subiu duas posições para 11.º lugar, sendo o melhor piloto da Sherco Rally Factory, à frente do seu colega de equipa Lorenzo Santolini (15).
O seu desempenho no Rali mais duro do mundo faz-nos imaginar como poderia ter sido a carreira de Gonçalves no Dakar se tivesse começado mais jovem. Afinal de contas, teve a sua primeira participação na prova em 2021. Ficou hoje a 2 horas, 29 minutos e 07 segundos da liderança. O 10º lugar é ocupado por Stefan Svikto (142) e estão separados por cerca de meia hora, o que pode ser muito tempo ou não. No Dakar tudo pode acontecer.
Bruno Santos (35), piloto da Husqvarna e segundo sobrevivente das equipas lusas nas duas rodas, tem tido um desempenho com muitas oscilações, mas continua a dar o seu melhor para chegar ao fim da prova e não baixa os braços, tal como mostrou hoje.
O motociclista português revelou após a etapa: “Hoje foi um dia muito interessante e bem longo neste Dakar. De especial foram quase 500 km. A ligação também era extensa, foram quase 800 km ao todo. No início alternámos entre zonas rápidas e outras mais empedradas, mas sempre com muita atenção na navegação. Depois voltámos a passar por zonas mais rápidas e por fim, por pistas mais perigosas, mais empedradas, mas sempre com muita velocidade. Tivemos ainda direito a algumas dunas no final. Ainda não tivemos muitas até ao momento. Pude rolar todo o dia sozinho, sem outros pilotos por perto, sem pó e sem percalços. Foi um dia intenso, longo, mas estou muito contente por estar à chegada e pronto para partir para o dia de amanhã”.
O piloto da equipa BS - Patrícia Pilar terminou hoje a etapa na 34.ª posição, o que apesar de tudo é um excelente resultado. Assim, voltou a subir posições, sendo agora 47.º da geral, reforçando a sua entrada no top 50. Está a 14 horas, 55 minutos e 1 segundo de Sanders e tem consciência que ainda pode subir várias posições nos próximos 4 dias.
A 9.º etapa, que vai ligar Riyadh a Haradh, tem a particularidade de ser bastante curta em termos de Especial. Vão ser 589 km no total, mas apenas 357 km serão cronometrados. Convém ter presente que uma etapa tão curta pode ser enganadora e significar que as dificuldades ainda podem ser superiores ao habitual.
De referir também que hoje ficaram pelo caminho mais 3 pilotos nas motos, entre eles Pablo Quintanilla (7) da Monster Energy Honda HRC. Quantos irão sucumbir nas 4 etapas que ainda faltam?
Continuamos juntos, rumo a Shubaytah.
Consulte também: 47º Rali Dakar 2025, Etapa 7: Al Duwadimi - Al Duwadimi
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