MotoGP - Teste de Valência com Viñales mais rápido

Maverick Viñales, da Aprilia Racing, acabou como o mais rápido dos treinos pré-época em Valencia, com um tempo de 1:29.253, mas Marc Márquez, a estrear a Ducati da Gresini Racing, terminou o seu primeiro dia como piloto da Ducati em 4º, atrás do segundo mais rápido Brad Binder (KTM Red Bull Factory Racing) e do terceiro lugar Marco Bezzecchi (Ducati Mooney VR46), assinalando um início fantástico para o seu novo capítulo no MotoGP.

Foi um dia importante em Espanha quando o oito vezes Campeão do Mundo subiu a bordo da sua Ducati Gresini pela primeira vez, entretanto, por marcas, os treinos ficaram assim:

APRÍLIA: Com Aleix Espargaró (Aprilia Racing) forçado a ficar de fora a maior parte do dia após o agravamento da lesão sofrida no Qatar, o trabalho pesado foi deixado para Viñales.

A equipe de Noale trouxe um novo braço oscilante para o Teste de Valência, e com Oliveira ausente, Raul Fernández pôde testar a RS-GP de 2023 pela primeira vez.

O espanhol passou a maior parte do dia entre os cinco primeiros e também esteve brevemente no topo. Viñales completou umas impressionantes 86 voltas, o máximo de todos. A Aprilia prepara-se para revelar o seu pacote completo para 2024 no Teste de Sepang em fevereiro.

KTM / GÁS GÁS: Vestindo o vermelho GASGAS Tech3 pela primeira vez, o Campeão do Mundo de Moto2 Pedro Acosta fez a sua tão esperada estreia no MotoGP.

O espanhol tinha uma RC16 com especificações de 2023 disponíveis e foi uma estreia impressionante do jovem de 19 anos, com Acosta terminando o teste a apenas 1,2s do 1º.

Acosta sofreu uma pequena queda na Curva 2, a 30 minutos do fim, mas isso não vai preocupá-lo nem à GASGAS.

O companheiro de equipa de Acosta, Augusto Fernández, foi 14º depois de completar 72 voltas, e o outro grande ponto de interesse do campo austríaco foi a RC16 camuflada que Jack Miller utilizou (abaixo).

A KTM exibia uma nova aerodinâmica e uma nova entrada de ar, o que foi uma grande mudança, e depois de fazer uma grande defesa na Curva 2, Miller penetrou no top 10 e terminou em nono após 62 voltas completadas.

O tempo de Binder que o impulsionou para 2º veio nos 10 minutos finais do Teste – não na moto de 2024 que ele também testou – mas logo na volta seguinte, na Curva 5, o sul-africano perdeu a frente e caiu.

DUCATI: Marc Márquez não demorou muito para chegar ao topo da tabela de tempos na sua estreia na Desmosedici de 2023 da Ducati, com o sorriso do #93 assim que se sentou após sua primeira saída nos contando tudo o que precisávamos saber. Marc Márquez a pouco mais de 90 minutos para o fim do dia, com o seu tempo de 1:29.460 0,25 s mais rápido do que qualquer outro antes de Maverick Viñales (Aprilia Racing) elevar a fasquia a pouco mais de uma hora do fim.

Terminando o dia mais cedo, Marc Márquez completou 49 voltas e terminou o Teste de Valência a 0,171s de Viñales e 0,078s atrás de Bezzecchi.

O Campeão Mundial Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team) foi acompanhado pelo companheiro de equipa Enea Bastianini e seu rival pelo título de 2023, Jorge Martin (Ducati Prima Pramac) nos testes de um novo chassis.

Um novo motor também foi testado, e Pecco completou 51 voltas terminando o dia em 10º, com Bastianini em 8º e Martin em 15º.

O medalhista de bronze de 2023, Bezzecchi, (ao lado) foi acompanhado no box da Mooney VR46 pelo novo companheiro de equipa Fabio Di Giannantonio.

Di Giannatonio foi um piloto feliz no final do dia e conseguiu melhorar o ritmo que exibiu no GP de Valência de domingo. ‘Diggia’ conquistou um 7º, 0,4s atrás do P1.

O mesmo pode ser dito de Alex Márquez (Ducati Gresini Racing). O espanhol tinha uma Ducati 2023 e 2022 do seu lado da boxe e disse que a Ducati 2023 foi uma mudança maior do que o esperado com uma boa melhoria no motor e na potência.

Além disso, Marc Márquez não foi o único piloto a habituar-se a uma Ducati pela primeira vez. Franco Morbidelli (21 ao lado, Ducati Prima Pramac) começou o seu novo capítulo no MotoGP herdando as motos de Johann Zarco (agora na Honda Castrol LCR) de 2023, mas com adições da cauda e aerodinâmica atualizadas que o francês não estava usando.

A volta mais rápida de Morbidelli das 69 que ele completou foi 1:30.206, dando ao #21 o 16º.

A nova Honda é essencialmente uma moto completamente atualizada que possui um novo chassis, um novo braço oscilante, nova aerodinâmica, novos escapes… tudo.

Nas últimas duas horas do dia, Mir foi avistado com a nova aerodinâmica traseira da Honda, semelhante ao que vimos nas KTMs nas últimas corridas.

O gerente da equipa Honda Repsol, Alberto Puig, disse que Mir estava bastante satisfeito com o progresso feito com a nova moto, e a sensação é bem diferente – no bom sentido – da de 2023.

Mir também trabalhou com o ex-chefe da tripulação de Marc Márquez, Santi Hernandez, pela primeira vez.

Zarco tinha uma moto com especificações de 2024 e uma com especificações de 2023 à sua disposição.

O francês caiu ileso na curva 4, a pouco mais de uma hora do final, e terminou o dia em 17º, um segundo atrás do topo, após importantes 61 voltas. Nakagami completou 63 voltas e terminou em 21º.

YAMAHA: Alex Rins juntou-se a Fabio Quartararo na garagem da Yamaha Monster Energy pela primeira vez, e ambos os pilotos de fábrica trabalharam com os escapes mais longos da Yamaha.

O piloto de testes Cal Crutchlow também se juntou ao francês e ao espanhol na pista, com um novo chassis Yamaha.

Além disso, o Team Manager Maio Meregalli disse que tanto Quartararo como Rins estavam testando uma versão atualizada do motor 2024 que foi testado no Teste de Misano.

Os resultados no papel permitiram que Quartararo terminasse em 12º depois de completar 63 voltas, com Rins e Crutchlow em 19º e 20º respetivamente – Rins completando 54 voltas em sua estreia, com Crutchlow somando 74 voltas.

Assim, a MotoGP esteve em pista pela última vez em 2023, e regressam no Teste Oficial de Sepang, nos dias 6 e 8 de Fevereiro.