Dakar 2024 - Descanso

Comentários dos portugueses

Sábado foi dia de descanso no Dakar, com os pilotos transportados para Riyadh antes da etapa seguinte e Maio agora o melhor nacional.

andardemoto.pt @ 14-1-2024 09:40:37 - Paulo Araújo

Aproveitámos para ouvir alguns comentários da caravana… Sem dúvida, a grande desilusão foi Rui Gonçalves, cujos problemas de embraiagem logo no início da especial de 48H o atrasaram, talvez irremediavelmente, como explica:

“Foi um verdadeiro desafio para todos mas para mim foi especialmente difícil! Tive uma série de problemas mecânicos, começando ao km2 onde fiquei sem embraiagem e com mais de 600km de dunas pela frente
Como desistir não faz parte da minha essência lutei até ao fim para conseguir trazer a minha Sherco oficial até à meta, mas não com o resultado que gostaria.
Fiquei exausto, empurrei muito, fiquei sem gasolina, parei muitas vezes para abrir a embraiagem e pedir discos para ir acrescentando e ir avançando onde a incerteza de conseguir chegar ao fim estava presente em cada km.
Hoje aproveitei ao máximo para recuperar física e psicologicamente pois ainda temos mais uma semana de etapas longas pela frente

(…) esta etapa veio mudar os meus planos, agora é desfrutar desta segunda semana de prova e dar o meu melhor a cada dia como sempre!”



Rui está agora em 33º na geral, tendo sido ultrapassado quer por António Maio, (mais acima) agora o melhor português, como Mário Patrão (acima)

Maio está agora no Top20 registando uma vantagem confortável de cerca de 30 minutos para o 21º classificado e comentou:

“Ontem foi uma gestão nas dunas. Tive de gerir o combustível ao máximo a cada quilómetro e fazer um enorme esforço para chegar ao fim. Já sabia que a etapa ia ser dura, mas foi pena porque não consegui atacar. No entanto, também tenho de reconhecer que foi um ponto positivo porque poupei a mota. Estou feliz por estarmos aqui. A especial foi muito complicada e por isso estou muito satisfeito por ter terminado. Obrigado a todos os que me têm seguido.”

Com as equipas a ter a oportunidade de realizar uma manutenção mais a fundo nos seus veículos, os pilotos puderam usufruir de um dia relaxante antes da última semana de competição.



Mário Patrão, aos comandos da nova Honda CRF 450 RS2 Rally, por sua vez foi 30º, o mesmo lugar que ocupa na geral, continuando a liderar de longe a classe de veteranos, e concluiu os 626 km cronometrados em 9h22m46s, sendo o 16º do Ranking Rally 2, comentando:

“A Etapa 48h foi muito inovadora, 100% dunas. Foram 626km de especial, no menor tempo possível, um teste aos pilotos e máquinas. A minha Honda portou-se à altura, cada dia estou mais habituado a ela. Apenas um apontamento ao Roadbook eletrónico que deixou de funcionar cerca de 30km. Vê-se muito mal quando o sol está a incidir diretamente sobre ele. Foi uma semana positiva, apesar da queda, agora vamos preparar a moto, corpo e mente para a segunda semana que se espera muito dura”

Logo a seguir, Bruno Santos, (acima) que como “rookie” tem vindo a surpreender favoravelmente, começou também a etapa com contratempos: A corrente da sua KTM partiu e o piloto perdeu mais de 1h30 para resolver o problema.

Apesar deste contratempo, Bruno Santos ainda recuperou posições e terminou a dificil jornada em 9h54m34s, em terceiro dos “Rookies” e no 20º lugar do Ranking Rally 2.

O piloto ocupa agora o 31º posto da geral logo atrás de Mário Patrão e disse:

“Foi uma etapa muito dura! Foram 626 km de puras dunas! (…) perdi muito tempo porque se partiu a corrente da moto (…) a fazer as reparações. Mas, com alguma ajuda foi possível continuar. Foi pena porque me sentia a rodar nas dunas como nunca o tinha feito antes. Estou muito satisfeito por chegar bem a meio da corrida!” - revelou o piloto que terminou a sexta etapa na 32ª posição da classificação absoluta.

Lembrar que mais atrás ainda subsiste Alexandre Azinhais em 69º e o Luso-Israelita Gad Machmani em 102º da geral.


andardemoto.pt @ 14-1-2024 09:40:37 - Paulo Araújo


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