Guerra comercial UE/EUA ameaça setor motociclista
Com as crescentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a UniãoEuropeia, a indústria motociclística de ambos os lados do Atlântico uniuesforços para apelar à exclusão das motos das tarifas retaliatórias. Apreocupação central reside nos impactos devastadores que as medidaspunitivas podem infligir a empresas, consumidores e postos de trabalho.
andardemoto.pt @ 24-3-2025 11:21:04
As indústrias motociclísticas europeia e americana manifestaram profunda preocupação com a inclusão de motos nas contramedidas da Comissão Europeia contra as tarifas americanas sobre o aço e o alumínio. Em comunicado conjunto, os representantes do setor apelam a uma resolução negociada, alertando para os impactos negativos que as tarifas retaliatórias terão sobre empresas, consumidores e empregos em ambos os lados do Atlântico.
A decisão da Comissão Europeia de impor tarifas adicionais às motos de origem americana, em resposta às tarifas dos Estados Unidos sobre o aço e alumínio europeus, gerou forte reação na indústria do setor.
A partir de 1 de abril de 2025, motos americanas acima dos 500cc estarão sujeitas a uma taxa adicional de 50%. Além disso, uma proposta a aplicar na segunda fase da Comissão Europeia, com aplicação prevista para 13 de abril, sugere a inclusão neste imposto de todas as categorias de motos, mesmo abaixo dos 500cc, bem como motos elétricas.
"O setor motociclista na Europa e nos Estados Unidos está profundamente interligado, com fortes laços industriais e económicos", destaca o comunicado enviado à imprensa. "A aplicação de tarifas às motos corre o risco de perturbaras empresas, prejudicar os consumidores e ameaçar empregos nos dois continentes, acrescenta".
Em vez de permitir que a situação se agrave, a indústria apela a uma solução negociada para o comércio transatlântico. "Ambos os lados querem um comércio transatlântico justo e poder continuar a distribuir os seus produtos aos clientes apaixonados em toda a Europa e nos Estados Unidos" prossegue o comunicado.
Antonio Perlot, Secretário-Geral da Associação Europeia de Construtores de Motociclos (ACEM), declarou: "Embora reconheçamos a necessidade de uma resposta equilibrada às questões comerciais, as motos não devem servir para mais trazer danos colaterais. Como ninguém ganha em guerras comerciais,apelamos fortemente a um regresso à razão e a que ambas as partes cheguem a uma solução justa”.
A ACEM vai responder à consulta pública da Comissão Europeia, instando à exclusão de todas as motos desta luta comercial. A indústria motociclística espera que o apelo por uma resolução negociada seja ouvido, evitando assim um impacto negativo no setor.
andardemoto.pt @ 24-3-2025 11:21:04
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